Morta e Linda: a simpatia de Katy Perry em Curitiba

Katy-Perry-em-Curitiba-Foto: Amanda Queiroz / Curitiba Cult

Dizem que quando você conhece uma pessoa, a primeira impressão é a que fica. Katy Perry realizou o último show da Prismatic World Tour no Brasil na última terça-feira (29), na Pedreira Paulo Leminski. A cantora nunca tinha realizado um show em Curitiba antes, mas se simpatizou logo de cara com os “Cuticus” (como ela preferiu chamar o público curitibano). E não foi à toa que ela gostou tanto da energia daquela noite. O show estava com os ingressos esgotados e mais de 15 mil fãs assistiram ao espetáculo que ficará na memória de todos.

Para começar, a cantora Tinashe fez a abertura do show da Katy Perry. Foi a primeira apresentação da cantora no Brasil e boa parte das pessoas ainda não conhecia o trabalho dela, mas isso não impediu que ela animasse o público com sua voz e dança marcantes. Tinashe cantou algumas de suas músicas como “2 On”, “All Hands On Deck” e “Cold Sweat”. É uma artista para ficar de olho.

Logo depois da abertura, o show da Katy Perry começou pontualmente às 20h45, como programado. A espera finalmente tinha acabado e o show já começou vibrante com as músicas “Roar”, “Part Of Me” e “Wide Awake”. O show mistura efeitos especiais, danças, músicas que marcaram a carreira da cantora e várias trocas de figurino. Uma mega produção que foi um espetáculo para os olhos.

Um fato engraçado: repetindo o ocorrido de outros shows no Brasil, Curitiba não deixou a brincadeira com a música “Dark Horse” de fora. Um pouco antes do refrão o público fez questão de gritar “meu nome é Júlia”, em referência ao vídeo que viralizou na internet. Mais uma da série “coisas que só acontecem no Brasil”.

O MELHOR FICA POR ÚLTIMO

Depois de nove músicas seguidas de tirar o fôlego, chegou um dos momentos mais esperados do show: a interação com o público e as três músicas acústicas. Katy Perry, após brincar com a palavra “Curitiba”, agradeceu os fãs curitibanos por terem esperado 144 shows da turnê, sendo que Curitiba foi a última cidade Brasileira do Prismatic World Tour. Mas depois da primeira parte do show ela afirmou que isso teve um motivo. “Talvez nós deixamos o melhor por último. Eu gostei de vocês e eu acho que deveríamos mantê-los”, disse Katy Perry, indicando outras visitas no futuro à capital paranaense.

Como tradição nos shows da turnê, a cantora escolheu um fã que estava na grade para subir no palco com o objetivo de aprender um pouco mais de português. Como parte da brincadeira, Katy perguntou a tradução de palavras que obviamente são as mesmas em qualquer lugar do mundo, como “pizza” e “selfie”. E também perguntou novamente o significado de “morta” e “linda”. Porém, ela fez uma pergunta a mais para relembrar a fã que ela chamou para o palco no show do Rock in Rio.

– How do you say “I think I’ve got the flu” in portuguese?
– Hã?
– I think Raiaiaia gave me the flu.

Apesar de não entender quase nada de português, a cantora falou algo interessante. O show é um evento em que ela e os fãs superam a barreira linguística para se conectarem por meio da “linguagem musical”, na qual o que realmente importa é o sentimento.

Após a interação, Katy Perry iniciou sua apresentação acústica com a música “By The Grace Of God”, que ela dedicou aos fãs brasileiros após um momento de dificuldade no show de 2011, em São Paulo. Segundo ela, foi o apoio dos fãs que ajudou ela a se reerguer depois que seu ex-marido Russell Brand pediu o divórcio durante a turnê California Dreams. Foi um lindo momento que representou um sentimento de gratidão. “The One That Got Away” e “Unconditionally” também fizeram parte da apresentação acústica.

Depois da calmaria, o show voltou a ser agitado, já se aproximando do final. Algumas das últimas músicas foram “Teenage Dream”, “This Is How We Do” e “California Girls”. O clima era tão animado e contagiante que os funcionários do evento também estavam cantando e dançando junto. Era impossível não se deslumbrar com tamanho espetáculo. Durante “Firework” havia comentários do tipo “Olhem, que lindo”, “Maravilhoso!”.

Olhei em volta e tudo estava realmente muito lindo, mas não era só por causa das luzes. Era a energia. Todos estavam envolvidos naquele momento por meio da linguagem musical, como a Katy tinha falado antes. Talvez a Katy tivesse razão. Ela deixou o melhor por último.

Fotos: Amanda Queiroz/Curitiba Cult

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Por Julia Trindade de Araujo
30/09/2015 17h30