Nada se cria, tudo se copia Parte I – Oldboy (2014)

Agora vamos a um novo estilo de filmagens, aquela que você pega um filme sucesso de outro país e simplesmente o copia do seu jeito. Oldboy foi lançado em 2003 lá na Coréia do Sul pelo diretor Park Chan-Wook e fez o maior sucesso com seu estilo obscuro e uma história controversa, rendendo vários prêmios. A trama é baseada em um manga japonês de mesmo nome. 10 anos depois então surgia nos Estados Unidos uma versão americanizada deste sucesso (apenas em 2014 no Brasil), agora dirigida pelo cultuado Spike Lee, com atores do calibre de Josh Brolin e Samuel L. Jackson, além de uma adição no titulo: “Oldboy – Dias de Vingança”.

Confira: Nada se cria, tudo se copia Parte II – 13º Distrito (2014)

A trama central é bem simples: Um homem supostamente comum acorda um dia em um quarto de hotel que na verdade é uma prisão. Ali ele conta com cama, televisão, refeição diária e banheiro. O exílio que parecia algo de dias dura 20 anos (15 no coreano e 10 na HQ), todas suas tentativas de suicídio são falhas e do nada ele é solto. Lá dentro ele viu sua ex-mulher ser morta e ele próprio se tornar o principal suspeito, sua filha crescer e não poder acompanhá-la. Então começa sua busca atrás daquele que lhe fez isso jurando vingança. Acaba por conhecer novos amores, bater em muita gente, testemunhar mortes e no fim saber que tudo não passava de um jogo e ele era o peão. Na versão de Hollywood esse homem é Josh Brolin, que durante o filme inteiro fica com cara de brabo e pouco se expressa numa fraca atuação. Na coréia o ator incorporou o personagem de uma forma incrível, dando medo com a cara de louco. Samuel L. Jackson participa como o dono da prisão e até que se sai bem. O grande destaque é da atriz Elizabeth Olsen que representa de forma excelente, fazendo jus de suas participações em grandes produções. Existem grandes diferenças nos dois filmes, o coreano é escuro e intenso. O americano é bem dirigido, mais calmo de ver e flui melhor.

Talvez o grande destaque desta versão americana é que são alterados pontos chaves do outro filme, fazendo parecer diferente aquilo que você já viu. Claramente que tendo assistindo uma, a outra se torna apenas curiosidade. No final das contas ambos os filmes são válidos para se entreter em frente da TV, mas não vá esperando muita coisa não.

Adalberto Juliatto para o Curitiba Cult

Por Augusto Tortato
06/08/2014 11h00