Nada se cria, tudo se copia Parte II – 13º Distrito (2014)

Após a explicação de Oldboy que se adaptou de uma fórmula de sucesso, aqui vemos uma situação um tanto quanto pior e mais escancarada. Em 2004 um filme francês chamou certa atenção do público por trazer boas cenas de parkour e uma história interessante, porém muito desgastante, era o “B13 – 13º Distrito”. O ator principal é David Belle, um dos fundadores do parkour. Ainda teve uma continuação que ajudou a desqualificar fortemente o filme. Mas isso não era suficiente para o diretor americano Camille Delamarre, que pegou o mesmo enredo e colocou em seu solo yankee.

Confira: Nada se cria, tudo se copia Parte I – Oldboy (2014)

O negócio foi tão copiado que até o ator é o mesmo David Belle. Mas agora ele conta com a companhia de Paul Walker, na França o papel foi de Cyril Raffaelli. A história gira em torno de um futuro próximo onde um subúrbio de 19964978Detroit (na outra versão de Paris) que as leis não existem e o crime tomou conta. Um policial (Walker) é enviado lá para desativar uma bomba que podia aniquilar toda aquela região. Lá ele se encontra com o morador e traficante (Belle) que deseja recuperar sua namorada das mãos do chefe do tráfico que por coincidência é o detentor da bomba.

As histórias no geral são exatamente as mesmas, assim como o final. A versão americana obviamente inseriu várias cenas desnecessárias envolvendo Paul Walker, o que ajudou a ferrar ainda mais o filme. Na película francesa o ator Cyril colocava um ar de responsabilidade muito forte e caiu com uma ficha no papel. Já Walker provavelmente foi o peso morto da produção, não se saia bem nas cenas de ações assim como na atuação em geral. David Belle fez o mesmo papel do outro filme, foi bem melhor que Walker e olha que nem ator ele é. O único ponto de melhora comparado ao original é o novo do chefe de tráfico Treimane, interpretado pelo rapper RZA, dando uma carga moral mais forte ao personagem.

O filme foi uma das últimas atuações de Paul Walker em vida, ele fez algumas cenas para “Velozes e Furiosos 7” que ainda será lançado. Antes dos créditos é colocada uma imagem e dedicatória ao ator. O filme em si é fraquíssimo, forçado e não tem a graça do original, se for pra assistir que seja o francês “B13 – 13º Distrito” que é muito mais agradável.

Adalberto Juliatto para o Curitiba Cult

Por Augusto Tortato
06/08/2014 11h01